sábado, 30 de janeiro de 2016

Somos chamados para sermos “Luz para o mundo" e "Sal para Terra" ...

O Despertar da Alma III 

Paulo da Costa Paiva


            A Palavra vocação tem sua origem do latim do verbo "vocare" que pode ser compreendido como "chamar", para o melhor entendimento seria um chamado, mas por parte de quem? Segundo o cristianismo todos somos chamados à missão por parte de Deus, e antes mesmo de nascer já estamos designados a uma missão especifica para glorificação do nome do Senhor através do anuncio e vivencia da boa nova que nos leva consequentemente a nossa realização e santificação. A vocação não é para si, mas para toda a humanidade, somos chamados e capacitados para sermos “Luz para o mundo" e "Sal para Terra" como instrumento de Deus no mundo para salvação de muitas almas. Na Igreja Católica existem diversos serviços, movimentos e espiritualidades, mas com o mesmo objetivo e sempre em unidade com Cristo nosso Senhor. O importante é saber para que somos chamados? E para qual missão? Não existe mistério para se revelado, mas é necessário está atento.

            A vocação tem suas distinções entre o particular e o geral, dessa forma a vocação fundamental de cada ser humano é desenvolver suas potencialidades que se faz presente no seu ser de forma latente, que necessita despertar para o transcendente (Deus). Está em comunhão com Deus só se torna possível em unidade com Cristo, sendo um com Ele (Igreja), e para nos tornarmos membros do corpo de Cristo de forma consciente em sua plenitude, só por intermédio do Santo Espírito que nos capacita a sermos os novos cristos através da vocação especifica de cada um, a singularidade que cada ser humano carrega dentro de si manifestada plenamente, se tornando a chave que une Deus ao homem para sua santificação no mundo para o mundo, pois a salvação só acontece em pró da humanidade não para si, mas para o próximo. A vocação especifica é a forma que cada ser humano realiza sua vocação fundamental, que pode ser na vida laical (casado ou solteiro), consagrada ou sacerdotal.

            Existem muitos contratempos que podem confundir as nossas escolhas, ao ponto de nos fazermos caminhar trilhas na qual não somos chamados, nos causando angustias, frustrações e um profundo vazio existencial, tornando-nos pessoas frias, amargas e muito mal amadas. Existem vários obstáculos, como as fugas existências, comodismos, interesses, influências e muito mais, que podem acarretar danos nocivos tanto para quem fez a má escolha como para todos com qual se convive, se tornando todos infelizes por uma má e precipitada decisão. A vocação é algo nato do ser humano, ele já traz sinais do seu chamado mesmo que não de forma explicitas, mas traz no cotidiano nos gestos mais simples do dia a dia. Não podemos cair na cilada dos sentimentalismos que podem confundir, levando a uma vocação futuramente frustrada. O sentimentalismo (pieguice) exacerbado pode motivar muitas pessoas a buscar uma radicalidade que não foi chamada a viver, levando-o a sair do seminário ou convento brevemente, ou pior ainda ser tornar um padre, um religioso ou freira amarga e mal amada por toda a vida. Assim também o risco de ser levado pelas paixões e consequentemente se casar de forma precipitada, que logo percebendo com tempo que não era a pessoa certa e nem vocação na qual foi chamado, se sentido frustrado e incompleto por toda vida.

            É fundamental está a tento as nossas aptidões, gostos e inspirações, a tudo aquilo que vem de nossa essência, do nosso mais intimo da alma, o que realmente nos faz feliz e realizado, às vezes ou quase sempre não enxerga porque foge de si mesmo, ou está tão ocupado com iniquidades que não percebe o verdadeiro chamado, mas não é porque descobriu ou acredita que realmente descobriu sua vocação que não passará por dificuldades. Não somos melhores que o nosso senhor e mestre, o Cristo, pois se ele passou por todas as tribulações, a cruz e a morte, conosco não é diferente, mas ai pode surgir a grande questão, será que vale apena optar pela cruz do seu chamado em vez de aproveitar o curto tempo de vida que o mundo pode oferecer? O fim é o diferencial, pois quem escolhe simplesmente aproveitar a vida, sabe de alguma forma que isso vai acabar um dia e ficará num vazio existencial insuportável da morte do meramente existir,do contrario daqueles que buscam viver na peleja do acertar mesmo errando, buscando na essência do seu ser a transcendência, lapidando a alma para eternidade em comunhão com Deus.


Paz e Bem!

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