sábado, 8 de março de 2014

Deserto... (2ª Parte)

Caminhada ao Deserto Interior
Paulo da Costa

         Escritura nos revela que logo após que Cristo sente fome se inicia um diálogo com o tentador, ele surgiu sutilmente se aproveitando da situação para poder dar o bote nos momentos de fragilidade humana. Assim é a manifestação do mal no nosso dia a dia. Na primeira tentação ele se apresenta como o emergencial e efêmero em troca do essencial, propondo se vender por coisas insignificante como um simples saciar-se de algo por um momento e logo após se vê no vazio com sentimento de fracasso, O pão que simplesmente sacia fome jamais se compararia com o pão que vem do céu (Jo 6, 31-35). A segunda tentação se observa a questão de tentar a fidelidade de Deus, vê a relação com o divino como uma troca (comércio), isso é um grande risco e muito corriqueiro nas igrejas, onde se buscar a Deus por troca de favores, uns somente no momentos diríeis e em troca se faz uma promessa, tendo o êxito logo se afastar de Deus e vive novamente uma vida medíocre na total libertinagem, outros piores ainda se sente melhores do que seu semelhante por viverem toda a sua vida diariamente na Igreja ou no seu grupo e pastoral, se sentem na autonomia de jugar-se melhor dos que os outros como também de condena-los e no absurdo direito de cobrar de Deus êxitos particulares por causa de sua total dedicação ao reino de Deus. Como o próprio Cristo Falou não devemos tentar ao seu nosso Deus, tudo que façamos seja espontaneamente por amor sem querer nada em troca a não ser o bem comum na humildade de filhos e servos de Deus.

A terceira e última tentação o tentador propôs a Cristo, todos os reinos e riquezas desse mundo, se ele prostrar-se diante dele e o adorasse. Assim, hoje se observa como a humanidade continua idolatra, se vendendo por tão pouco suas almas que são tão preciosa para Deus, se tornando escravos (vícios e ideologias) e totalmente dependentes de coisas mais tolas e fúteis (drogas, jogos, sexualidade desregrada e etc.) que possam existir, sem falar dos absurdos dos idolatras de seu próprio semelhante que chegam ao ponto de divinizá-los, fazendo todo tipo de loucuras para se aproximar de seu deus de araque... Tudo isso jamais levará a uma verdadeira alegria a eterna felicidade, isso não passa de uma efêmera ilusão que após do fugas gozo vem as frustrações melancólicas de total vazio, sem deixar se quer um norte a seguir totalmente perdido na vida. Nada se consegue sem esforço a própria natureza nos ensina que se um rebento não reagir logo após seu nascimento morrerá de fome assim é o ser humano, se não buscar o sumo bem(Deus) continuará morto e morto viverá por toda eternidade. Cristo na sua autoridade expulsa o tentador, rompe o diálogo com o mal, nós devemos sempre evitar está próximo das oportunidades que nos leve a perdição, se tens consciência de suas limitações e inclinações não dê chance para que ocorra sua ruína, pois bastar um simples descuido por um momento, para desgraçar toda a sua vida. Busquemos as coisas do alto como Cristo Jesus, que logo após a tentação foi servido pelos Anjos, e que nós também sendo fiel as coisas do alto sejamos frutificados pelo Santo Espirito.

Na liturgia Católica esse texto sobre o deserto se relaciona ao período mais precisamente da quaresma, um tempo de penitência que leva a reflexão através do jejum, da oração e da caridade. A Igreja convida seus fiéis a experimentar o tempo da graça através da reconciliação com Deus e o irmão (próximo). O exercício da conversão não está somente relacionado a esse período, mas sim ao seu cotidiano por toda vida. Buscando sempre ser sal e luz para o mundo na humildade de servo de Deus, é necessário combater a cultura de morte que sempre é liderada pelo egoísmo, que leva a vaidade e a hipocrisia que mascara e deforma a nossa imagem que deveria ser sempre semelhante a Deus. Então não perca tempo vai ao deserto! Se esvazie de tudo que te perturbe e que te afasta do teu Senhor, busque se preencher ao ponto de transbordar das coisas do alto, de sua paz e sabedoria na essência do amor divino, enfim em comunhão plena com o Pai pelo filho através de seu Espirito.

         Pax

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